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BLEISURE E NOMADISMO DIGITAL – TURISMO PÓS VACINA

Por Conteúdo_ – 31/05/2021

O FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, realizado na quarta-feira (26) o webinar “Bleisure”, nomadismo digital e viagens revanche: você está preparado para o turismo pós-vacina?”.

O Evento faz parte do ciclo de debates “Trilhas de Conhecimento” a ser realizada mensalmente ao longo de 2021 até novembro, quando a jornada termina em um evento híbrido no hotel Transamérica São Paulo em 18 de novembro.

No início do evento, foi explicado que todas as tendências apresentadas durante o webinar, já estavam em curso e apenas foram aceleradas pela pandemia. “Nesse contexto de insegurança, ansiedade e não linearidade que a Covid-19 evidenciou, temos que entender que esse quadro vai perdurar. Dessa forma, precisamos nos adaptar a este novo mundo”.  Uma dessas adaptações é a presença do online no turismo, que, de acordo com dados da Phocuswrith, em 2019, 43% das vendas de viagens foram feitas de forma digital, sendo o volume total de vendas em R$ 19,1 bilhões. Já em 2020, as vendas de forma digital subiram para 44%, por outro lado, o volume total de vendas caiu 67%.

O primeiro ponto levantado foi o “bleisure”, termo que une as palavras business (negócios) e leisure (lazer), ou seja, uma viagem em que você pode unir o trabalho com momentos de lazer. “O bleisure é uma das grandes tendências que o mercado hoteleiro está presenciando, pois une viagens a lazer e de negócios,  conseguindo aliar qualidade de vida, saúde, segurança e infraestrutura para receber quem está a trabalho e suas respectivas famílias,” comenta André Siena.

Na Bleisure, o período de estadia pode ter um ou dois dias a mais, destinados para o turismo, e os horários dos compromissos geralmente são mais flexíveis. É uma boa oportunidade de conhecer o turismo local, vivenciar a cultura e até criar conexões, sejam de trabalho ou pessoais. Outra característica desse perfil de viagem é a presença de familiares ou amigos no período adicional.

O segundo ponto evidenciado no debate é o nomadismo digital. “Pelas restrições impostas durante a pandemia, empresas e colabores rapidamente transformaram a forma de trabalhar,” diz Carol Haro, acrescentando que outras formas de trabalho além do home office e das jornadas de trabalho mais flexíveis estão aumentando essa demanda. Entre elas estão o anywhere office, a procura por cidades do interior, o aumento dos trabalhos freelancers e os espaços de trabalho pensados na integração e colaboração. Nesse sentido, dados colhidos pela Mapie apontam que 73,68% das empresas continuaram a adotar algum modelo de home-office mesmo no pós-vacina, ou seja, a hotelaria necessita oferecer uma estrutura adequada para trabalhar com qualidade de vida.

Anywhere office é um termo em inglês que, em sua tradução para o português, pode ser entendido como “escritório em qualquer lugar” ou “escritório em qualquer parte”. Na prática, trata-se de um modelo de trabalho que permite que as pessoas façam suas tarefas em qualquer lugar, como no home office, no escritório ou no coworking.  Isso quer dizer que há apenas a necessidade de um espaço que seja confortável para a pessoa trabalhar com seu dispositivo, como o notebook ou o celular, conectado à internet.

Apesar do Brasil receber uma nota de 4.3 de 5 na avaliação da Digital Nomad Hub dos estrangeiros que desejam trabalhar remotamente, enquanto aproveitam para conhecer e visitar o país, os convidados apontam que o Brasil ainda tem desafios a vencer no nomadismo digital. O principal desafio é a falta de profissionais que falam o inglês, seguido pela burocracia para a permanência dos turistas e, por fim, a falta estrutura tanto de tecnologia quanto de locomoção. “ O país ainda depende muito do transporte aéreo e deslocar-se dentro do país pelas rodovias e estradas ainda é muito difícil ”, expõe Orlando de Souza.

Um fator relevante demonstrado no evento é que, após um ano de pandemia, o desejo de viajar aumentou. O brasileiro é apaixonado por viagens,  e a pesquisa da TRVL Lab 2020 demonstra que 90% gostam muito da oportunidade de viajar e conhecer novos lugares e 80,08% sentem-se mais felizes que o habitual durante as viagens. Além disso, segundo a pesquisa Pulso Turismo Covid-19, também do TRVL Lab, recém-publicada, 47,49% dos brasileiros têm alta probabilidade de fazer uma viagem a lazer nos 6 meses após receberem as vacinas.

Para as viagens de negócios, esta probabilidade é de 33,23% no mesmo período.

Ainda de acordo com o documento, os destinos mais desejados pelos brasileiros na retomada são as cidades da região nordeste do Brasil seguido por praias regionais. Internacionalmente, lideram o ranking Europa e América do Sul. “ Conhecer as tendências, as renovações e principalmente o cliente e seus desejos é o caminho para se adaptar e aproveitar esse momento mantendo os recursos”, destaca Carol Haro. “É necessário nos preparamos para esse momento garantindo segurança e eficiência para os clientes, sem deixar  de promover experiências e um bom aproveitamento das viagens”, completa André Sena.

A última questão destacada foi a vacinação em massa. “ O que está faltando no país é a vacina, só assim o turismo irá se  recuperar. Além de que devemos ter uma união para cobrar isso”, finaliza Carol Haro.

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