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A CASINHA DA LU GASTAL

Por Conteúdo_ – 09/06/2020

Vocês já notaram que a gente adora contar histórias por aqui né?

Então prepara, pois hoje temos mais uma para vocês. A história de uma pessoa super talentosa e a sua casinha de infância. Com vocês, Lu Gastal (@lugastal)!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Falar do meu trabalho é sempre um desafio. Sou uma meninas de 49 anos, gaúcha, observadora, que adora as cores e as coisas simples que passam despercebidas pela maioria. Ex advogada, há 10 anos tomei coragem pra empreender, com cnpj e sem capital de giro, abri um pequeno estúdio numa casinha pequena de bairro. Hoje, aliás, faz 10 anos!
Como não sabia exatamente o que buscava em ser “profissional criativo”, não queria uma loja, ou uma escola de costura criativa, ou algo que fosse engessado em padrões. Assim o espaço era um pouco de tudo, com design, criatividade e patchwork. Um patchwork de tecidos e afetos. O tempo foi passando, precisava me reinventar em períodos difíceis (tipo férias), e criei um evento onde viajava pelo Brasil fazendo grandes oficinas coletivas de bonecas de pano. Entendi, como o tempo, que contar história através de bonecas era meu ofício. Adoro escrever.
Em 2018 escrevi o livro, Relicário de Afetos, que conta sobre o fazer a mão em tempos absolutamente digitais, no intuito de resgatar no coração do leitor que as coisas boas, simples e analógicas podem transitar livremente com a tecnologia.
Nesse período já trabalhava no programa É de Casa, aos sábados de manhã, e manter um endereço comercial fixo estando ausente era um desafio. O negócio sendo seu, com a sua característica, é difícil entregar a terceiros. A vibe é diferente.
Tão logo lancei o livro, fechei a porta azul da minha Casa Rosa, entendi que meu mundo não deveria se limitar a um imóvel, por mais gostoso, inspirador e perfumado que fosse. Abrir mão daquela  “vibe” foi uma decisão difícil, sabia que meus últimos 8 anos de trabalho concentravam-se ali, mas acreditava que a criatividade e dedicação não eram os únicos alicerces do mundo “lugastal”, havia um afeto imensurável, que jamais me limitaria a um endereço comercial. Entendi que esse afeto habitava meu coração e com rodinhas andaria comigo por onde eu fosse – e assim foi! A partir dali o levei para dentro do meu lar e para todas as estradas por onde andei (as virtuais, inclusive).  Atualmente, em tempos de isolamento, meu mundo segue sob rodas, dessa vez estacionado numa área rural  no interior do Rio Grande do Sul.
Nessa quarentena, reencontrei uma velha conhecida de tempos antigos – uma casinha volante (alguns chamam de Bolanta), que há mais de 40 anos anda pra lá e pra cá na fazenda dos meus pais, e nesse espaço que não ultrapassa 7 metros quadrados tenho me conectado comigo mesma e com quem me recebe de braços e corações abertos.  A casinha virou meu refúgio, meu home office, meu ateliê, meu mundo. Aquele lugar onde fluem os pensamentos, reuniões, hobbies, leituras, reencontros, mesmo que virtuais.
Essa casinha foi o primeiro “pouso” da nossa família, quando eramos crianças meu pai comprou um pedaço de terra e não havia casa de alvenaria, então era na volante que dormíamos. Talvez essa seja uma metáfora, na quarentena perdemos o pai e eu recomeço essa nova vida na casinha.
No início da quarentena ela estava pintadinha, porém sem vida. De trator, chegou até mim e estacionou perto da casa onde a família está morando, e foi esse espaço, pequeno e limitado, que escolhi para organizar os pensamentos e sentimentos após a perda do meu pai. Entendi que, antes de mais nada, precisava arrumar “a casa” por dentro. Pintei as paredes internas, instalei tomada (não tem eletricidade, puxo um gato da casa da família). Aí conversando com o Newton Lima, falei que tinha vontade de colorir por fora, e ele sugeriu as cores.
Tudo feito com calma e tempo, momentos que têm me proporcionado um “cuidar” da minha história de maneira tranquila.” explica Lu.

ANTES

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Que coisa linda né? Uma casinha cheia de histórias e significados que agora voltou para resignificar a vida da Lu.

Agora vejam as fotos da produção da casinha, que teve assinatura da Conteúdo_, curadoria de cores de Newton Lima e tintas Suvinil,

ANTES
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DEPOIS
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Quem quiser saber mais sobre a reforma da casinha, clique aqui e assista o vídeo.