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Mag C_

A MODA NO METAVERSO

Por Conteúdo_ – 13/01/2022

Na semana passada, iniciamos uma nova tag sobre o METAVERSO. Na primeira matéria, explicamos o conceito desta nova palavra tão falada, para ler clique aqui!

Hoje falaremos sobre o setor da moda no metaverso.

A moda virtual e digital já vem se tornando relevante na indústria há alguns anos. Seja em colaborações de casas de luxo com jogos de videogame como o Fortnite, em desfiles de moda digitais que aconteceram como uma solução para os tempos pandêmicos, ou nos avatares que nos tornaremos em alguns anos com a criação do Metaverso. O fato é que a moda está onde as pessoas estão, então não é surpresa que a moda no Metaverso já seja uma realidade palpável.

BALENCIAGA

meta já está ganhando espaço no mundo da moda, permitindo que as pessoas vivam experiências inimagináveis alguns anos atrás, por meio de avatares, roupas digitais e conectadas, sensores no tecido que ajudam a entender o corpo, ambientes virtuais e as chamadas NFT’s, uma espécie de bem material que só existe no mundo digital.

 NTFs –  sigla para non-fungible token ou token não-fungível – é um tipo de certificado de propriedade e autenticidade criptografado referente a algum determinado bem, que pode ser transferido ou vendido. Eles podem representar tanto bens materiais – como imóveis, veículos e pinturas – quanto bens digitais – como artes digitais, domínios de sites e itens de jogos digitais, que só existem no mundo digital.

Exemple: os tênis virtuais lançados pela Gucci no início do ano, ou mais recentemente as MetaBirkins – interpretações virtuais da bolsa mais almejada e cara do mundo.

NIKE

Outros exemplos do metaverso no mundo da moda – ou da moda atuando no mundo metaverso:

  • O lançamento da nova coleção da multinacional sueca H&M. Em um jantar imersivo, os convidados do lançamento puderam criar o seu próprio avatar digital no metaverso, vestindo roupas da coleção e realizando um desfile virtual.
  • A Puma criou o influenciador virtual para promover seus novos tênis Future Rider;
  • A Nike lançou uma coleção de tênis Air Jordan no jogo Fortnite;
  • A Marvel disponibilizou seus personagens como skins (roupas e acessórios usados para construir o avatar) dentro do mesmo game.
  • Balenciaga lançou uma coleção dentro do Fortnite, com skins e peças que poderiam ser compradas tanto no físico como digital. No início de 2020, durante a semana de moda de Paris, a marca espanhola desfilou roupas justas ao corpo, semelhantes a macacões de mergulho, tingidas de cores fortes usadas em chroma key, e nas mãos dos modelos, víamos celulares, sugerindo claramente as roupas digitais. E não parou por aí, na coleção seguinte, a Balenciaga apresentou mais uma vez sua coleção dentro de um videogame, que recebeu o nome Afterworld: The Age of Tomorrow.
  • Com a grande busca pelas NFTs, token não fungível, o universo da moda está cada vez mais participante em ambientes digitais. A Gucci vendeu a versão digital da bolsa Dionysus na plataforma do jogo Roblox no valor de US$4.115, preço maior do que a versão física do produto.
  • A Burberry, marca de moda de 165 anos entrou no metaverso em parceria com o jogo online de multi jogadores Blankos Block Party, o objetivo é atrair visibilidade e exposição de suas peças, como braçadeiras e jetpacks.
  • A grife Dolce & Gabbana lançou em outubro sua própria coleção de NFTs de moda digital, cada um custando os olhos da cara. Em um dos leilões, um conjunto de peça física e sua respectiva versão digital foi vendido por mais de US$ 1,2 milhão. No total, a coleção movimentou quase US$ 6 milhões.
  • A Nike, em 2021, criou a Nikeland dentro do jogo Roblox e também anunciou a compra da empresa Artifact Studios (RTFKT), especializada na criação de tênis e artefatos digitais. O objetivo: crescer no metaverso e atrair amantes da união entre moda e jogos.
  • A Ralph Lauren apostou na criação da Winter Scape, uma área de experiências que possui patinação no gelo e compras de roupas da coleção de 1990 da marca, tudo isso também dentro do jogo Roblox. Outro sucesso em universos virtuais foi dentro do Zepeto, onde teve mais de 1 milhão de visitantes dentro de seu espaço imersivo.
  • A marca de vestuário e skate Vans ingressou no Roblox criando o “Vans World”, onde é possível realizar compras e criar diversos estilos de customização de tênis dentro do jogo, fortalecendo a criação no mundo digital entre moda e esportes virtuais.
METABIRKINS

O  Metaverso não substituirá o mundo real, mas amplificará as relações sociais. Tudo parece surreal, como um brinquedo, mas as possibilidades do metaverso são inúmeras. Roupas conectadas, sensores no tecido que ajudam a entender o corpo, uma experiência mais lúdica e assertiva na compra em loja.

Um exemplo disso são as skins, ou seja, roupas e acessórios usados para construir seu avatar dentro do metaverso. Os skins estão se tornando a porta de entrada da moda no mundo digital, assim como a forma dela se comunicar com um público mais jovem.

DOLCE & GABBANA

Tudo isso nos faz imaginar  e esperar que talvez, a moda no Metaverso seja sinônimo de acessibilidade e democratização. Uma forma de levar para um número maior de pessoas, o privilégio de estar vestido – mesmo que digitalmente – com um produto ou uma marca que ama e acompanha. Ou até, a criação de roupas digitais e o crescimento das NTFs dentro da indústria da moda, venha como uma solução ao e-commerce, como uma forma de aproximar o cliente e tornar a compra mais palpável e certeira.

A Farfetch, de olho na tendência, se tornou uma das primeiras grandes varejistas a testar a prática de seeding vestindo influenciadores digitalmente para promover o lançamento de sua oferta de pré-encomenda de marcas como Balenciaga, Palm Angels, Khaite, Off-White, Oscar de la Renta, Dolce & Gabbana, Nanushka, Casablanca e Nicholas Kirkwood.

Seguindo a onda, a Kering, a LVMH e a Richemont já se voltaram para o atacado e feiras digitais, enquanto empresas como Burberry, VF Corp e Tommy Hilfiger estão começando a exibir itens digitais em marketplaces.

GUCCI

Metaverso, NFT’S, avatares, skins são termos relativamente novos para a comunidade em geral, mas sem dúvidas todos iremos ouvir falar muito disso nos próximos anos. Mas como tudo na vida há desafios, para o metaverso não é diferente, e ainda há muitos obstáculos e entraves tecnológicos para que essa tecnologia seja concretizada.