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TENDÊNCIAS DO MORAR POR WGSN

Por Conteúdo_ – 13/10/2021

A WGSN, autoridade em previsões de comportamento e tendências, apresentou durante o DW! 2021, as principais macrotendências de arquitetura, design e decoração que estão moldando a forma de viver e morar de todos nós. Ligia Barros, diretora da WGSN na América Latina, apresentou as novidades em uma palestra durante a Semana de Design de São Paulo.

Logo no começo já foi possível ver um detalhe muito importante, que hoje e daqui para a frente o conceito de casa é menos material e mais emocional. E durante esta abordagem, Ligia citou uma frase da pesquisadora britânica Sara Ahmed para exemplificar – “Lar não é sobre presente, mas sobre esperanças. Sobre um passado idealizado e um futuro ainda inalcançado. É mais uma ideia do que algo concreto”

Uma casa refúgio, onde temos a sensação de estarmos protegidos. Um lugar para aterrar, para hibernar, para depositar o seu espírito, o seu amor e a sua coragem, como resume Ligia.

Dentro deste novo lar, surge uma rotina organizada com equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Veja alguns tópicos importantes citados pela diretora da WGSN:

HOMEBODIES

Sobre a rotina, a casa precisou e ainda necessita absorver diferentes necessidades, o que permite lhe dar novos significados. Homebodies identificam uma tendência de que as pessoas estão ficando mais caseiras e preferindo fazer atividades em casa, impulsionando cada vez mais a economia doméstica. Conforto,  virou palavra de ordem em tudo que for produzido para as residências, até mesmo para gadgets eletrônicos, que precisam passar despercebidos como aparelhos e ter toques e formas mais aprazíveis.

AUTOINDULGÊNCIA

Segundo Ligia, um dos produtos mais procurados tem sido roupa de cama, ganhando até mesmo de TVs, sofás, decorações e tech entretenimento. “É a autoindulgência como prioridade”, explica. “Priorizar a si em primeiro lugar e depois os hóspedes.”

PEÇAS MODULARES

Ainda sobre o conforto, a especialista pontua a importância da modularidade, da adaptabilidade e ajustabilidade de ambientes e móveis, que precisam atender diferentes necessidades, diferentes momentos, diferentes atividades. “Algo que ainda desafia os designers. Uma vez que a privacidade volta a ser valorizada, as pessoas precisam de espaços não tão abertos, para uma reunião pelo computador ou pelo simples fato de querer um momento sozinho mesmo”, completa Ligia.

VIDA NO SUBÚRBIO E VIDA NÔMADE

Segundo a WGSN, existe um movimento de retorno ao campo e ao subúrbio das grandes cidades. Nos Estados Unidos, principalmente, existe uma busca crescente por casas velhas e baratas, com um grande potencial. O que leva a outra tendência: o ressignificar o velho, o upcycling. Nos EUA, o aumento foi de 35%.
E a vida nômade também tem despertado o aumento da procura por motorhomes e tiny houses. “No Google houve um aumento de 312% nas buscas. E na Europa a procura por bases onde esses trailers possam estacionar aumentou 500%. No Brasil isso ainda não é possível, mas é uma inspiração como estilo de vida”, explica Ligia.

SOZINHO MAS NÃO ISOLADO

Tem crescido também o número de pessoas vivendo sozinhas. A procura por casas compactas só cresce e elas não são mais tão pequenas como antes da pandemia. Na contramão, apesar de viver sozinhas e de ter pouco espaço privado, os condomínios têm criado áreas comunitárias importantes para fomentar união, conversa, conexão e senso de comunidade entre as pessoas.

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