Por Conteúdo_ – 25/03/2021
No início da semana falamos aqui sobre a EXPO REVESTIR DIGITAL 2021, para ver a matéria clique aqui!
Hoje vamos listar algumas novidades e tendências que encontramos e nos apaixonamos nesta feira digital que está um sucesso!
NATUREZA
Um dos assuntos mais falados dos últimos anos e que se acentuou agora na pandemia, foi a necessidade do ser humano se reconectar com a natureza. Isso pode ser feito de diferentes formas, como morar no campo, encher a casa de plantas e também, usar os lançamentos de várias marcas de revestimentos que trouxeram os tons terrosos, verdes e azuis da natureza para os seus produtos.
Neste mesmo caminho, além dos tons da natureza, algumas empresas apostartam forte em revestimentos que reproduzem a cor, a textura e até o formato de pedras naturais. Não apenas os já tão conhecidos mármores, como pedras mais rústicas.
SUSTENTABLILIDADE
Usar produtos da própria natureza, que ao invés de serem descartados, são reaproveitados formando produtos maravilhosos, é uma forma incrível de ser sustentável.
O Instituto A Gente Transforma, liderado pelo designer Marcelo Rosenbaum, que envolve a criação de produtos a partir da concha do sururu, molusco patrimônio imaterial de Alagoas, na comunidade do Vergel em Alagoas fez uma parceria com a Portobello.
Desse projeto surgiu o Cobogó Mundaú. É um produto com identidade nacional e alagoana que recebeu esse nome em homenagem à Lagoa de Mundaú, e ganhou escala industrial com o apoio da Pointer. Atualmente é distribuído nacionalmente pelas Lojas Portobello Shop.
A peça, criada pelos designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio, possui recorte vazado em formato orgânico. Sua superfície reflete o brilho furta-cor da concha, ora com predominância de verde, ora com destaque no roxo, com tons indecifráveis e surpreendentes.
Sustentabilidade e tecnologia se encontram em Micron da Eliane.
Da inspiração em pedras naturais surgiu o revestimento que esbanja possibilidades para gostos e preferências pelos granitos coloridos. Micron desperta o sensorial através do toque e surpreende pela polidez. Força e sutileza se fundem em um revestimento imponente, de poderio e resistência impressionantes.
E é claro que falando em sustentabilidade, não poderíamos deixar de fora o pisos super sustentáveis e cheios de conforto. Estamos falando dos pisos laminados e vinílicos com padrões de madeira, que também continuam se aperfeiçoando e lançando coleções maravilhosas ano a ano.
HIGIENE
Outro ponto que devemos destacar nos lançamentos de 2021, são os produtos que permitem a fácil higienização das mãos e do ambiente, assunto tão enfatizado em tempos de pandemia.
A Deca apresentou a tecnologia Deca Touchless garante mais conforto e higiene.
Com sensor 360º, o fluxo de água é acionado por aproximação das mãos em qualquer parte da torneira. Ao afastar-se dela o acionamento é desligado automaticamente.
Algumas marcas apostaram também em cubas menores para cozinha, banheiros e quem sabe até aquele cantinho que precisa estar disponível para a higienização das mãos.
A Tarkett lançou o revestimento vinílico de parede com base têxtil Artwall que além de ter fácil aplicação/remoção, também é lavável.
CORES
No quesito cores podemos ver um pouco de tudo. Enquanto os tons claros trazem paz e sensação de ambientes leves e limpos, os tons escuros são capazes de tornar os ambientes mais elegantes intimistas e muito acolhedores.
Em um momento tão complicado como este, é claro que não poderiam faltar lançamentos coloridos. Cores vibrantes e muitas estampas geométricas chegam para deixar os ambientes mais alegres e divertidos.
GRANDES FORMATOS
Os grandes formatos são outros produtos que chegam cada ano maiores e mais cheios de tecnologia. Tamanhos tão grandes que podem ser usados em paredes e que necessitam pouquíssimo rejunte, são as estrelas de 2021. Produtos para revestir, mobiliar e decorar.
CIMENTÍCIOS
Os cimentícios que a anos ganharam o coração dos brasileiros, chegam a cada ano em diferentes superfícies.
ARTESANAL
O artesanal que nos traz o passado e nos faz encontrar novas perspectivas para o futuro.
Resgatar emoções e memórias através de técnicas tradicionais, como Taipa de Pilão, Pau a Pique e Adobe. Um convite para mergulhar em nossas raízes, ressignificando o design para contar histórias e recriar memórias.
CRIATIVIDADE
A designer italiana Paola Navone, na sua eterna busca pelo novo, ressignifica o espelho através da inserção de elementos abstratos na superfície e apresenta uma nova ótica ao mundo dos revestimentos.
Peças em formato 10×10 garantem exclusividade a partir do diálogo entre luz e material. Vedononvedo da Portobello é uma reflexão do novo e do inusitado – de algo que jamais será visto da mesma forma.
Formas irregulares em tons pastel, que remetem à forma de pequenos doces, criam um mosaico único. Clássica, sofisticada e ao mesmo tempo arrojada, Bonbon da Portobello é a reinterpretação dos atemporais revestimentos de parede pela designer Paola Navone. Mosaico disponível em 4 cores, para projetos elegantes e despojados.
Uma trama envolvente é o que fascina e gera emoção. Enredo, foi criada para fazer parte dos
momentos que são vividosnos espaços reais. Inspirada nos trabalhos de entalhe, os produtos enaltecem o trabalho manual, trazendo a naturalidade do imperfeito. O metal ganha notoriedade nesta coleção.
Por Conteúdo_ – 29/12/2020
2020 terminando e a gente fica pensando quais serão os nossos desejos para 2021. Com certeza, a vacina para o COVID-19 e o fim da Pandemia estão em primeiríssimos lugares.
Mas e para o nosso lar?
O lar pode ser onde está o coração, mas durante a pandemia, para muitos de nós, ele se tornou onde tudo está e arrumar nossas virou um hobby sério para muita gente.
Com esse foco cada vez maior em transformar nossa casa em um ninho, o site Apartment Therapy (@apartmenttherapy) quis fazer um balanço oficial sobre as tendências, soluções e estilos em que vale a pena investir em 2021 em diante.
O que importa agora? Qual será a próxima grande coisa? Como serão as casas na vida real (e no Instagram) no próximo ano? Como a pandemia moldou tudo isso?
Para obter uma imagem completa do que realmente está acontecendo no mundo do design doméstico, eles pesquisaram 80 designers que pertencem a uma variedade de organizações e redes profissionais, incluindo a American Society of Interior Designers, o New York Design Center, os Black Interior Designers Network, o Conselho de Design Feminino, Decorist, Spacejoy e Modsy para obter seus insights. Os entrevistados vivem e trabalham principalmente na América do Norte, mas alguns europeus também participaram. Durante a pesquisa – uma combinação de múltipla escolha e questões abertas com foco em previsões de estilo e decoração – os designers abordaram tudo, desde materiais e cores da moda até o que as pessoas estão gastando demais. Aqui está tudo o que eles descobriram.
As pessoas anseiam por conforto e uma sensação de calma.
Enquanto o fim da pandemia COVID ainda não chegou, os níveis de estresse – que já estavam às alturas – agora estão fora de controle. Portanto, não é surpresa que muitas pessoas queiram que sua casa seja um refúgio calmo e estimulante do caos do mundo. A panacéia para a superestimulação vem na forma daquilo com que você se cerca em casa – materiais, cores e até tipos de móveis.
Para os designers pesquisados, isso significa cores inspiradas na natureza, como verdes escuros, ocre e terracota, adicionando uma variedade de texturas ricas e quentes. Além da madeira, os entrevistados notaram que o bouclé (51 %) e o couro vegano (56 %) estariam crescendo em popularidade em 2021. Além disso, o travertino de pedra natural e o concreto também foram apontados como elementos que veremos muito mais no próximo ano. Paletas e superfícies parecem estar ficando mais terrosas e cruas – nenhuma surpresa, considerando como a natureza é calmante e centralizadora para almas cansadas.
Claro, uma maneira fácil e acessível de adicionar instantaneamente serenidade a um espaço é com o uso de plantas.
Algumas opções populares para 2021 incluem a monstera (38 % dos designers escolhem a planta de baixa manutenção conhecida por suas folhas esculturais e cheias de buracos) e ave do paraíso (35 % preferiam a planta tropical régia). Muitos entrevistados preferiram se livrar das plantas falsas, mas quando o ambiente é temperamental, a vegetação falsa ainda pode fornecer alguns dos benefícios visuais que as plantas trazem para uma casa.
A personalização está aumentando.
Quanto mais tempo você passa em casa, mais as coisas tendem a incomodá-lo. Por que as tesouras são sempre tão difíceis de encontrar? Onde podemos exibir todas as obras de arte das crianças? Como fiquei tanto tempo sem um armário de casacos? As pessoas precisam de sistemas e designs eficientes que funcionem para suas rotinas e espaços. A maioria dos designers pesquisados acredita que a customização se tornou – e continuará sendo – cada vez mais popular. “Com a pandemia, nós, como sociedade, fomos forçados a examinar seriamente nossos ambientes e se eles realmente funcionam para nós e representam quem somos”, disse a designer Monique Holmes, sediada na Virgínia.
A designer de Nova York Kathleen Walsh concorda. “As famílias passaram a maior parte de 2020 em suas casas e, sem dúvida, têm uma melhor compreensão de seu espaço, o que funciona e o que não funciona”, diz ela. Walsh diz que está recebendo mais pedidos únicos do que nunca, incluindo de tudo, desde tapetes personalizados a armários de casacos.
Um pedido adicional que tem surgido constantemente para muitos designers pesquisados é por armários sob medida. “Vivendo no meio de uma pandemia, armários sob medida tem sido uma grande demanda”, disse o designer Quintin Tate, de Maryland. “Isso se deve exclusivamente ao fato de todos terem que trabalhar em casa, estudar em casa e muitas outras coisas [que causam] desordem. Portanto, podemos escondê-lo com armários em estilos tradicionais e minimalistas. ”
Enquanto armários personalizados estão fora do alcance de muitos, você certamente pode hackear um sistema IKEA. Não é nenhuma surpresa, então, que os projetos DIY também continuem a aumentar nas casas. Para esse fim, os designers prevêem que os projetos domésticos DIY mais populares em 2021 serão os tratamentos de parede. “As paredes de acento estão voltando com força total”, diz Tate. “Quer se trate apenas de pintar, adicionar profundidade com designs de madeira personalizados ou até mesmo papel de parede, a estética agrega valor e é a maneira mais simples de trazer um fator surpreendente para um espaço.”
Pintura também é a maneira menos cara de transformar uma sala. A gratificação instantânea e o baixo custo de pintar seu espaço farão com que as pessoas agarrem os rolos, uma vez que esteja quente o suficiente para abrir todas as janelas e deixar o ar entrar.“Quer os proprietários pintem os armários da cozinha, as paredes do banheiro ou simplesmente enfeitem a porta da frente para ter mais apelo do meio-fio, essa reforma viável permanecerá no topo da lista de tarefas domésticas”, diz a designer Kerrie Kelly, sediada na Califórnia.
O formulário segue a função.
No final das contas, os designers concordam que 2020 mudou o design, colocando o foco de volta na funcionalidade e conforto sobre o que parece bom em uma postagem do Instagram. Qualquer pessoa que se sentar em uma cadeira fria, e desconfortável durante a jornada de trabalho, pode atestar isso. “O design em 2020 se tornou mais uma questão de viver e estar confortável em seu espaço”, diz a designer Heather Wise, que mora na Califórnia. “Com a volta ao lar, a praticidade passou a ser mais importante. Eu vejo isso sendo um foco contínuo avançando – ser capaz de realmente viver em um quarto, sentir-se confortável e em paz ”.
Se você deseja fazer algumas atualizações no ano novo, considere uma cadeira de escritório ergonômica para trabalhar ou uma manta de plush para a noite de cinema em família. A maioria dos designers que entrevistamos disse que se eles pudessem recomendar apenas uma peça de mobiliário para seus clientes, seria uma peça de assento confortável. Procurando um conselho sobre compras? 65% dos designers pesquisados acreditam que as silhuetas arredondadas dos móveis estarão em todos os lugares no próximo ano, então não tenha medo de introduzir algumas curvas em seus espaços.
Os layouts das residências estão evoluindo.
Dada toda a turbulência de 2020, não é de se admirar que o bem-estar e o autocuidado tenham se tornado as principais prioridades, então espere que essa mudança tenha impacto nas residências de grandes e pequenas formas. 59% dos designers dizem que o foco em 2021 mudará da criação de um escritório doméstico para a construção de uma zona de meditação ou espaço silencioso. Quer seja uma sala dedicada ou apenas um canto adaptado, criar espaço para qualquer versão de seu tempo que melhor se adapte a você pode ter uma recompensa mental, especialmente se você se cercar das coisas que mais ama.
Quando se trata de tendências, às vezes é tão divertido saber o que está para sair quanto saber o que está acontecendo. Embora os designers pesquisados tenham opiniões diferentes sobre tendências de decoração ultrapassadas – você deve sempre decorar com o que te faz sorrir, de qualquer maneira —Alguns temas comuns são menos tons de cinza e menos ênfase em elementos de estilo de fazenda, incluindo shiplap.
Da mesma forma, nos últimos anos, uma planta baixa aberta tem sido o layout ideal desejável. Quantas vezes você viu Chip e Joanna Gaines derrubar uma parede em um datado “Fixer Upper”? Uma das descobertas mais surpreendentes da pesquisa é que quase metade dos designers (44%) entrevistados prevêem que as plantas fechadas terão um grande retorno. Mas por que?
Todo esse tempo que as famílias passaram juntas em quarentena deixou uma coisa clara: todos precisam de seu próprio espaço. Chats de vídeo, zooms escolares e sessões de terapia virtual ou consultas médicas requerem ambientes silenciosos, sem ninguém fazendo café da manhã ou gritando ao fundo. Além disso, plantas baixas fechadas ajudam a esconder bagunças!
Não espere que as paredes subam durante a noite, no entanto. A construção pode ser cara, e muitos designers prevêem soluções temporárias – incluindo cortinas, divisórias e até isolamento acústico de espaços – ajudarão a preencher a lacuna para muitas pessoas que não estão procurando renovar agora. Correções podem ser feitas e tem sido um ano de improvisação, que provavelmente continuará em 2021.
Aproveite ao máximo seu orçamento doméstico.
Quer algum conselho gratuito de designer sobre como maximizar seu dinheiro? Bem, quando se trata de decoração, uma área que os designers dizem que os consumidores fazem alarde desnecessariamente são os móveis. Em vez de optar por todas as peças correspondentes, misture estilos para criar interesse visual. Além disso, a combinação pode mostrar sua personalidade e ponto de vista. Outros designers de itens de decoração dizem que as pessoas tendem a gastar muito com aparelhos de uso único aleatórios, como aparelhos de grelhar queijos e enfeites de janela sofisticados. Ferramentas multifuncionais sempre vencerão algo altamente especializado aos olhos dos designers, e personalizar cortinas compradas em lojas é uma maneira relativamente fácil e muito mais barata de obter uma aparência sofisticada por menos em suas janelas.
Por outro lado, quando se trata dos itens em que você deve investir, os especialistas em design sugerem gastar mais em arte. Além de adicionar textura e alma a um espaço, peças de arte originais também podem valorizar, o que as torna compras sólidas. Os tapetes surgiram como outra categoria para gastar mais. Os revestimentos de piso realmente ancoram uma sala e, muitas vezes, quanto maior, melhor – particularmente se você estiver tentando amarrar um esquema de cores e maximizar os benefícios de amortecimento de som do carpete. Por último, os designers sentiram que seus clientes poderiam gastar mais em sofás. Seu sofá é uma das maiores peças de mobília da sua casa e provavelmente você o usará todos os dias, então faça valer a pena.
O próximo grande estilo de design e tendências para casa são …
De acordo com 60 % dos designers entrevistados, o minimalismo caloroso está prestes a se tornar o estilo de decoração revolucionário de 2021. Ao contrário dos interiores minimalistas tradicionais, que às vezes podem ser frios e ásperos, o minimalismo quente apresenta tons quentes e elementos de design aconchegantes para espaços menos-é-mais . Este estilo híbrido está de acordo com as paletas de cores e materiais mencionados anteriormente. No geral, espere que os tons se tornem mais cremosos e que várias madeiras tingidas e brancas se misturem livremente.
Além disso, 41 % dos designers dizem que o flauta, uma forma arquitetônica clássica encontrada em móveis de mesas de jantar a vasos de cerâmica, vai ficar forte. A decoração canelada é outra maneira de trazer textura sutil e interesse visual para uma casa. Em uma nota semelhante, acabamentos naturais suaves, como madeira clara e armários de madeira crua também estão em alta.
O futuro moldará a decoração.
O design pode certamente ser cíclico. No final do ano passado, o movimento Art Déco dos anos 1920 parecia voltar ao zeitgeist, e ainda está deixando sua marca nos tratamentos, acabamentos e formas curvas dos azulejos. Então, perguntamos a todos os 80 designers que década eles achavam que seria a próxima década influente. Enquanto os votos foram divididos, o futuro obteve 16%, seguido de perto pelas décadas de 1970 e 1980. Talvez isso signifique esperar ideias de design verdadeiramente novas daqui para frente, mas só o tempo dirá.
Pense rápido – edição de design.
O que é um questionário para designers do Apartment Therapy sem uma rodada de “Isso ou Aquilo?” Pedimos aos designers que escolhessem uma ideia de decoração em vez de outro conceito rival, e pudemos descobrir algumas previsões de tendências adicionais desta forma. Primeiro, o minimalismo venceu o maximalismo. Tons suaves superam as cores vivas, enquanto o papel de parede supera a tinta com 74% a 26%. Em termos de tratamentos de arte, mexa-se, parede da galeria! A maioria dos designers disse que uma grande obra de arte é o caminho a percorrer. Por último, se você estava pensando em comprar um carrinho de bar, agora pode ser a hora de seguir a rota do armário de bar.
Conclusão
Na pesquisa com nosso time de especialistas em design, ficou claro que as pessoas querem se sentir seguras, calmas, fundamentadas e felizes em suas casas. Uma lição poderosa que a pandemia nos ensinou é que nossas casas, se tivermos a sorte de tê-las, são nossos santuários. Para que se sintam como um porto seguro – pelo menos por 2021 – tudo se resume a preenchê-los com cores e texturas aconchegantes e reconfortantes, trazendo o exterior com vegetação e materiais inspirados na natureza e reduzindo a confusão que distrai com soluções personalizadas, sejam projetos sob medida ou DIY. Em última análise, sua casa reflete sua estética e afeta como você se sente. 2021 terá tudo a ver com fazer as mudanças observadas em nosso tempo forçadas a ambientes fechados para alcançar um espaço pacífico e otimista. Aproveite o processo!
Por Conteúdo_ – 10/08/2020
Já falamos muito por aqui sobre as mudanças no mundo que a Pandemia de Covid-19 está fazendo em nossas vidas, para ver algumas matérias clique aqui!
Hoje, durante as pesquisas para novas pautas, me deparei com este matéria sobre o Mundo pós pandemia de Covid_19 feita por Por Clayton Melo – jornalista e analista de tendências @claytonmelo no site da Voicers, e como achei muito completa, resolvi compartilhar ela inteira com vocês.
Consumir por consumir sai de moda, trabalho remoto, atuar mais no coletivo com colegas de empresas, ou vizinhos do bairro. A Covid-19 vai rever valores e mudar hábitos da sociedade
A Covid-19 mudou nossas vidas. Não estou falando aqui simplesmente da alteração da rotina nesses dias de isolamento, em que não podemos mais fazer caminhadas no Minhocão ou ir aos nossos bares e restaurantes preferidos. Sim, tudo isso mudou nosso cotidiano —e muito. Mas o meu convite para você é para pensarmos nas mudanças mais profundas, naquelas transformações que devem moldar a realidade à nossa volta e, claro, as nossas vidas depois que o novo coronavírus baixar a bola. Por isso talvez seja melhor mudar o tempo verbal da frase que abre este texto e dizer que o coronavírus vai mudar as nossas vidas. Mas como? Que cenários prováveis já começam a emergir e devem se impor no mundo pós-pandemia?
O mundo pós pandemia de COVID_19 será diferente
Entender que mundo novo é esse é importante para nos prepararmos para o que vem por aí. Porque uma coisa é certa: o mundo não será como antes, conforme nos alertou o biólogo Átila Iamarino.
“O mundo mudou, e aquele mundo (de antes do coronavírus) não existe mais. A nossa vida vai mudar muito daqui para a frente, e alguém que tenta manter o status quo de 2019 é alguém que ainda não aceitou essa nova realidade”, disse nesta entrevista para a BBC Brasil Átila, que é doutor em microbiologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutor pela Universidade Yale. “Mudanças que o mundo levaria décadas para passar, que a gente levaria muito tempo para implementar voluntariamente, a gente está tendo que implementar no susto, em questão de meses”, diz ele.
Pandemia marca o fim do século 20
Ainda nessa linha, havia uma visão entre especialistas de que faltava um símbolo para o fim do século 20, uma época altamente marcada pela tecnologia. E esse marco é a pandemia do coronavírus, segundo a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, professora da Universidade de São Paulo e de Princeton, nos EUA, em entrevista ao Universa.
“[O historiador britânico Eric] Hobsbawm disse que o longo século 19 só terminou depois da Primeira Guerra Mundial [1914-1918]. Nós usamos o marcador de tempo: virou o século, tudo mudou. Mas não funciona assim, a experiência humana é que constrói o tempo. Ele tem razão, o longo século 19 terminou com a Primeira Guerra, com mortes, com a experiência do luto, mas também o que significou sobre a capacidade destrutiva. Acho que essa nossa pandemia marca o final do século 20, que foi o século da tecnologia. Nós tivemos um grande desenvolvimento tecnológico, mas agora a pandemia mostra esses limites”, diz Lilia.
Coronavírus, um acelerador de futuros
Vários futuristas internacionais dizem que o coronavírus funciona como um acelerador de futuros. A pandemia antecipa mudanças que já estavam em curso, como o trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade e a cobrança, por parte da sociedade, para que as empresas sejam mais responsáveis do ponto de vista social.
Outras mudanças estavam mais embrionárias e talvez não fossem tão perceptíveis ainda, mas agora ganham novo sentido diante da revisão de valores provocada por uma crise sanitária sem precedentes para a nossa geração. Como exemplos, podemos citar o fortalecimento de valores como solidariedade e empatia, assim como o questionamento do modelo de sociedade baseado no consumismo e no lucro a qualquer custo.
“A vida depois do vírus será diferente”, disse ao site Newsday a futurista Amy Webb, professora da Escola de Negócios da Universidade de Nova York. “Temos uma escolha a fazer: queremos confrontar crenças e fazer mudanças significativas para o futuro ou simplesmente preservar o status quo?”
Futuro Pós-Pandemia: Efeitos do coronavírus devem durar quase dois anos
As transformações são inúmeras e passam pela política, economia, modelos de negócios, relações sociais, cultura, psicologia social e a relação com a cidade e o espaço público, entre outras coisas.
O ponto de partida é ter consciência de que os efeitos da pandemia devem durar quase dois anos, pois a Organização Mundial de Saúde calcula que sejam necessários pelo menos 18 meses para haver uma vacina contra o novo. Isso significa que os países devem alternar períodos de abertura e isolamento durante esse período.
Diante dessa perspectiva, como ficam as atividades de lazer, cultura, gastronomia e entretenimento no centro e em toda a cidade durante esse período? O que mudará depois? São questões ainda em aberto, mas há sinais que nos permitem algumas reflexões.
Para entender essas e outras questões e identificar os prováveis cenários, procurei saber que tendências os futuristas, pesquisadores e bureaus de pesquisas nacionais e internacionais estão traçando para o mundo pós-pandêmico. A partir dessas leituras e também de um olhar para as questões que dizem respeito ao centro de São Paulo e à vida urbana em geral, fiz uma lista com algumas dessas tendências, que você pode ler a seguir.
Confira as 10 tendências para o mundo pós pandemia de COVID-19
1. Revisão de crenças e valores
A crise de saúde pública é definida por alguns pesquisadores como um reset, uma espécie de um divisor de águas capaz de provocar mudanças profundas no comportamento das pessoas. “Uma crise como essa pode mudar valores”, diz Pete Lunn, chefe da unidade de pesquisa comportamental da Trinity College Dublin, em entrevista ao Newsday.
“As crises obrigam as comunidades a se unirem e trabalharem mais como equipes, seja nos bairros, entre funcionários de empresas, seja o que for… E isso pode afetar os valores daqueles que vivem nesse período —assim como ocorre com as gerações que viveram guerras”.
Já estamos começando a ver esses sinais no Brasil —e no centro de São Paulo, com vários exemplos de pessoas que se unem para ajudar idosos, por exemplo.
2. Menos é mais
A crise financeira decorrente da pandemia por si só será um motivo para que as pessoas economizem mais e revejam seus hábitos de consumo. Como diz o Copenhagen Institute for Futures Studies, a ideia de “menos é mais” vai guiar os consumidores daqui para frente.
Mas a falta de dinheiro no momento não será o único motivo. As pessoas devem rever sua relação com o consumo, reforçando um movimento que já vinha acontecendo. “Consumir por consumir saiu de ‘moda’”, escreve no site O Futuro das Coisas Sabina Deweik, mestre em comunicação semiótica pela PUC e pesquisadora de comportamento e tendências.
O outro lado desse processo é um questionamento maior do modelo de capitalismo baseado pura e simplesmente na maximização dos lucros para os acionistas. “O coronavírus trouxe para o contexto dos negócios e para o contexto pessoal a necessidade de revisitar as prioridades. O que antes em uma organização gerava resultados financeiros, persuadindo, incentivando o consumo, aumentando a produção e as vendas, hoje não funciona mais”, diz Sabina.
“Hoje, faz-se necessário pensar no valor concedido às pessoas, no impacto ambiental, na geração de um impacto positivo na sociedade ou no engajamento com uma causa. Faz-se necessário olhar definitivamente com confiança para os colaboradores já que o home office deixou de ser uma alternativa para ser uma necessidade. Faz-se necessário repensar a sociedade do consumo e refletir o que é essencial.”
3. Reconfiguração dos espaços do comércio
A pandemia vai acentuar o medo e a ansiedade das pessoas e estimular novos hábitos. Assim, os cuidados com a saúde e o bem-estar, que estarão em alta, devem se estender aos locais públicos, especialmente os fechados, pois o receio de locais com aglomeração deve permanecer.
“Quando as pessoas voltarem a frequentar espaços públicos, depois do fim das restrições, as empresas devem investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa”, diz um relatório da WGSN, um dos maiores bureaus de pesquisas de tendências do mundo.
Eis um ponto de atenção para bares, restaurantes, cafeterias, academias e coworkings, que devem redesenhar seus espaços para reduzir a aglomeração e facilitar o acesso a produtos de higiene, como álcool em gel. Os espaços compartilhados, como coworkings, têm um grande desafio nesse novo cenário.
4. Novos modelos de negócios para restaurantes
Uma das dez tendências apontadas pelo futurista Rohit Bhatgava é o que ele chama de “restaurantes fantasmas”, termo usado para descrever os estabelecimentos que funcionam só com delivery. Como a possibilidade de novas ondas da pandemia num futuro próximo, o setor de restaurantes deve ficar atento a mudanças no seu modelo de negócios, e o serviço de entrega vai continuar em alta e pode se tornar a principal fonte de receita em muitos casos.
5. Experiências culturais imersivas
Como resposta ao isolamento social, os artistas e produtores culturais passaram a apostar em shows e espetáculos online, assim como os tours virtuais a museus ganharam mais destaque. Esse comportamento deve evoluir para o que se pode chamar de experiências culturais imersivas, que tentam conectar o real com o virtual a partir do uso de tecnologias que já estão por aí, mas que devem se disseminar, como a realidade aumentada e virtual, assistentes virtuais e máquinas inteligentes.
De acordo com o estudo Hype Cycle, da consultoria internacional Gartner, as experiências imersivas são uma das três grandes tendências da tecnologia. Destacamos aqui a área cultural, mas isso também se estende a outros setores, como esportes, viagens a varejo, conforme indica o relatório A Post-Corona World, produzido pela Trend Watching, plataforma global de tendências.
6. Trabalho remoto
O home office já era uma realidade para muita gente, de freelancers e profissionais liberais a funcionários de companhias que já adotavam o modelo. Mas essa modalidade vai crescer ainda mais. Com a pandemia, mais empresas —de diferentes portes— passaram a se organizar para trabalhar com esse modelo. Além disso, o trabalho remoto evita a necessidade de estar em espaços com grande aglomeração, como ônibus e metrôs, especialmente em horários de pico.
7. Morar perto do trabalho
Essa já era uma tendência, e morar no centro de São Paulo se tornou um objeto de desejo para muitas pessoas justamente por conta disso, entre outros motivos. Mas, com o receio de novas ondas de contágio, morar perto do trabalho, a ponto de ir a pé e não usar transporte público, deve se tornar um ativo ainda mais valorizado.
8. Shopstreaming
Com o isolamento social, as lives explodiram, principalmente no Instagram. As vendas pela Internet também, passando a ser uma opção também para lojas que até então se valiam apenas do local físico. Pois pense na junção das coisas: o shopstreaming é isso. Uma versão Instagram do antigo ShopTime.
Considerado por diferentes futuristas como uma tendência já há alguns anos, agora esse recurso deve ganhar impulso, segundo a Trend Watching. “A recente crise fez o mercado chinês de transmissão ao vivo crescer ainda mais, e esse mix de entretenimento, comunidade e comércio eletrônico aumentará no mundo todo”, diz a consultoria. Fica a dica para os lojistas do Centro de São Paulo!
9. Busca por novos conhecimentos
Num mundo em constante e rápida transformação, atualizar seus conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado (além de ser um prazer, né?). Mas a era de incertezas aberta pela pandemia aguçou esse sentimento nas pessoas, que passam, nesse primeiro momento, a ter mais contato com cursos online com o objetivo de aprender coisas novas, se divertir e/ou se preparar para o mundo pós-pandemia. Afinal, muitos empregos estão sendo fechados, algumas atividades perdem espaço enquanto outros serviços ganham mercado.
10. Educação a distância
Se a busca por conhecimentos está em alta, o canal para isso daqui para frente será a educação a distância, cuja expansão vai se acelerar. Neste contexto, uma nova figura deve entrar em cena: os mentores virtuais. A Trend Watching aposta que devem surgir novas plataformas ou serviços que conectam mentores e professores a pessoas que querem aprender sobre diferentes assuntos.