Por Conteúdo_ – 10/03/2021
Você já reparou como os ambientes influenciam nossas emoções e comportamento? A princípio, podemos não notar, mas assim que entramos em um ambiente, o nosso cérebro produz diferentes substâncias em nosso corpo, e isso pode alterar nosso humor e comportamento a curto ou longo prazo.
E é ai que entra a Neuroarquitetura.
Resumidamente, podemos dizer que a neuroarquitetura é uma técnica, que une o design com a neurociência, com o intuito de projetar ambientes que melhorem a nossa qualidade de vida.
Com a neuroarquitetura é possível gerar mais conforto e bem estar nos ambientes, gerando impacto de curto, médio e longo prazo no dia a dia das pessoas.
Afinal, depois de um dia difícil, tudo que mais queremos é um lar confortável, cheio de bem-estar e de acordo com o nosso modo de vida, concordam? Portanto, a neuroarquitetura tem o objetivo de projetar espaços de altíssima qualidade, alinhados às necessidades de quem irá usa-lo.
É mais fácil ilustrar esses efeitos pegando um exemplo bem comum no dia-a-dia da maioria das pessoas, antes da pandemia: o escritório. As salas corporativos, muitas vezes brancas com iluminação fria e artificial, as vezes sem janelas e refrigeradas por ar condicionado são o exemplo mais utilizado quando se fala de neuroarquitetura. Esse tipo de ambiente proporciona pouco ou nenhum estímulo ao cérebro.
Como a iluminação na maioria das vezes é artificial, o ambiente perde os estímulos gerados pela iluminação natural, que varia gradualmente sua intensidade durante o dia. Na parte da manhã, a luz natural é mais azulada; a tarde e a medida que vai anoitecendo, a luz se torna quente, dourada, promovendo o estímulo na produção de melatonina, mais conhecida como hormônio do sono. Devido a isso, é cada vez mais comum a ocorrência de pessoas que tem insônia, pois elas passam o dia todo num ambiente com apenas a luz azulada, comum nos escritórios.
Foi confirmado pela neurociência que a privação de sentidos ao cérebro é tão desgastante quanto a falta de estímulos aos músculos do corpo, que sem estímulos, atrofiam.
Portanto, é importante pensar espaços corporativos mais humanizados. Pesquisas científicas apontam que o ambiente de trabalho influencia diretamente na motivação e no comportamento do trabalhador. Um espaço de trabalho deve atender as necessidades físicas e psicológicas do funcionário, podendo promover maior produtividade e humanização.
E a neuroarquitetura não é usada apenas nos ambientes corporativos.
Nos ambientes escolares, precisamos trazer conforto e segurança para os alunos. Além de levar em conta as condições térmicas, luminotécnicas e acústicas, é necessário que os projetos das escolas pensem edificações que possam gerar bem-estar e aproveitamento didático dos usuários que estejam nesses ambientes.
Já nos ambientes hospitalares, que já são hostil por natureza, a neuroarquitetura tornar esses espaços mais humanizados, promovendo o bem-estar e auxiliando no tratamento dos usuários.
Nas moradias, a neurociência relacionada com a arquitetura, torna possível pensar em uma nova forma de viver. Antes, construíamos casas pensando apenas no descanso no fim do dia, tendo em vista que as pessoas não passavam tanto tempo no local.
Em contrapartida, nos dias atuais as pessoas trabalham, estudam e até se exercitam em casa. E devido a isso, pensar em um projeto mais saudável e efetivo pode ser uma boa via para melhorar a qualidade de vida e a longevidade de todas as pessoas.
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