Por Conteúdo_ – 30/08/2021
Mais uma vez, a moda, o design e a arquitetura se unem através de uma collab incrível.
Uma collab do Estúdio Campana com a grife italiana NC lança dois modelos de bolsas produzidas do modo mais tradicional e exclusivo que existe: “fatto a mano”. Da pintura a arte, da arquitetura a moda e ao artesanato, o talento italiano de produção é algo que se renova e reaparece nas mais diversas formas e traduções. Uma tradição que não perde o encanto, eleva a qualidade e garante a exclusividade de cada peça ser única.
Consuelo Cornelsen, brasileira à frente da marca com sua sócia, a italiana Nadia Calzolari, descreve a importância em manter viva essa prática na criação de produtos. “Estes são objetos únicos criados por designers internacionalmente conhecidos por valorizar a artesania fina: uma tradição de experiência e conhecimento, constituindo um precioso patrimônio para ser preservado e respeitado.” Para ela, “as bolsas são um micro espaço. Uma pequena arquitetura para ser experimentada diariamente”.
Os dois modelos oferecem 18 possibilidades, todas certificadas com edição limitada de até 50 unidades por peça e com um total de 700 peças.
“Bolsa sempre é tratada como acessório. Então, pensei, por que não criar uma pequena arquitetura do cotidiano?” Foi a partir desse desafio lançado por si mesma que a arquiteta Consuelo Cornelsen, extensivamente conhecida por sua curadoria de arte, arquitetura e design em diversos projetos nacionais e internacionais, e sua sócia italiana, Nadia Calzolari, convidaram 10 renomados designers e arquitetos para assinarem bolsas inéditas. Todas serão produzidas à mão na Itália, em quantidade limitada e seriada, pelo renomado artesão italiano Giuliano Girali, para a marca NC.
Um dos grandes nomes da artesania fina, Giuliano Girali, baseado em Parma, depois de passar por renomadas grifes italianas e francesas, voltou a dedicar-se exclusivamente à arte do fazer à mão e está à frente da manufatura de Raízes e Wanda, as bolsas NC.
Os primeiros convidados a inaugurar a série “Andare com L’ Arte”, como se chama o projeto, são os irmãos Humberto e Fernando Campana, considerados nome máximo do design de mobiliário brasileiro contemporâneo. Eles assinam a bolsa Raízes e a bolsa Wanda.
“A Raízes é uma referência direta ao Brasil e suas raízes africanas, que representam pessoas multiculturais ao redor do mundo e uma diversidade cosmopolita”, explicam os Irmãos Campana.
“Já a Wanda foi nomeada em homenagem à personagem feminina do romance ‘A Vênus das Peles’, de L. Sacher-Masoch. Um retrato da luta de um homem entre o amor e a obsessão, que sonha em falar com Vênus sobre amor enquanto ela veste a pele.”
Segundo Humberto Campana, o projeto segue a filosofia do Estúdio Campana porque “resgata técnicas artesanais tradicionais e finas, e é uma experiência com materiais”.
Entre os materiais utilizados pelos Campana para criar as bolsas, estão o Piñatex, um tipo de substituto ao couro, feito a partir da fibra das folhas do abacaxi; couro com tingimento vegetal não tóxico, pau-marfim reaproveitado, bambu e panno Casentino, como é chamado um tecido de lã tradicional da Toscana, um tecido que teve origem no século 13 de lã tradicional da região de Casentino, na Toscana. Apresenta acabamento de textura irregular e alta resistência ao desgaste e ao clima. Disponível nas cores verde, giallo, arancio vecchio e naturale.
Verdadeiras obras de arte em forma de bolsa!
Por Conteúdo_ 0 16/03/2021
A dupla de irmãos Fernando e Humberto Campana, conhecidos mundialmente no cenário do design , anunciaram ontem, em um evento online em parceria com a Ôda Design Club de Curitiba, a construção de um museu a céu aberto para celebrar o design e a arte do Brasil e da Itália no sítio da família Campana em Brotas, no interior de São Paulo, cidade onde os irmãos nasceram.
“Esse é meu sonho atual. Há um ano, com a pandemia, parei de viajar. Adorava correr o mundo e aí me vi bloqueado. E aí pensei: o que eu posso fazer? Diz o designer Humberto Campana
Então, em um sítio meio abandonado em Brotas – interior de São Paulo, onde foram plantadas 15 mil mudas de árvores nativas, a dupla resolveu fazer instalações verdes. Uma espécie de “Mini Inhotim” (centro de arte mineiro localizado em Brumadinho) onde se possa fazer uma conexão entre a natureza, o design, a arquitetura e a arte. Além disso, está previsto a construção de uma escola de ambientalismo e uma escola de tradições manuais.
Ao todo, a dupla de irmãos pretende construir 12 pavilhões. E este número tem uma explicação na história pessoal dos Campana. A Etrúria , que hoje é uma região da Toscana e é a região de origem da avó dos irmãos, foi uma antiga região na Itália Central, que abrangia uma parte do que é atualmente a Toscana, o Lácio e a Úmbria. Lá haviam 12 grandes cidades etruscas e por isso os 12 pavilhões, que criarão a ligação entre o Brasil e a Itália.
Destes 12, três pavilhões estão em construção. Em um deles, existem diversos vasos altos de concreto, com até 2,5 metros de altura, que suportam espécies de agaves que crescem como um chapéu, com diâmetro de 1,5 metro.
Humberto conta que eles pretendem dar este espaço de presente para a cidade e abrir ao público.
Ainda não tem uma data prevista para a inauguração, mas com certeza, todos que adoram design, arte e arquitetura, já estão contando os dias.