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Por Conteúdo_ – 11/11/2021

Como a pandemia mudou a relação dos brasileiros com a própria casa?

Uma pesquisa do Google mostra como o extenso período em casa influenciou os cuidados com o lar e os hábitos de consumo no último ano

O atual relacionamento dos brasileiros com seus lares a partir desse contexto foi objeto de estudo do Google recentemente. A empresa analisou seus dados do buscador e do Youtube em mais de 100 categorias relacionadas ao universo residencial.

Ao mesmo tempo, realizou uma parceria com a consultoria Consumoteca para realizar uma imersão em 20 lares brasileiros de diferentes arranjos familiares, classes sociais e locais – especificamente, São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza. A empresa acompanhou a rotina das famílias remotamente por uma semana e conduziu entrevistas ao final para entender a dinâmica de seus hábitos.

FASE 1

Na fase 1, no início da pandemia, marcada com ansiedade e pela sensação de que tudo estava suspenso devido ao contexto, gerando adaptações provisórias. Como a expectativa de que logo as coisas voltariam ao normal não se tornou realidade, uma nova fase se iniciou.

FASE 2

Segundo a pesquisa, o brasileiro não está mais adaptando a casa para algo passageiro, mas preparando o ambiente do lar para a vida que deseja de fato construir. Como inicialmente tudo foi adiado, um ano depois já não era mais possível manter decisões em suspenso já que o adiamento não tinha data final. Assim, a adaptação passou a entrar na rotina.

MUDANÇAS E REFORMAS

A pesquisa mostra que decisões impactantes como mudanças, reformas, planejamento para filhos, casamentos e até divórcios voltaram a acontecer, gerando novas demandas e desejos. Isso impactou o consumo relacionado ao lar, principalmente na alteração dos ambientes. A renovação ou decoração da casa lidera as intenções listadas na pesquisa, com 40% dos entrevistados assinalando que já realizaram compras nesse sentido e 38% afirmando que ainda pretendem comprar. Mudanças de imóvel também se destacam e, segunda a empresa, subiram de 15% para 20%.

O contexto fez com que as pessoas se importassem mais com suas casas do que antes: 42% dos respondentes acreditam que, com a chegada da pandemia, passaram a dar mais valor e se conectar mais com seus lares. Uma tendência que deve permanecer: 57% afirmam que, mesmo quando essa situação passar, a casa continuará como uma prioridade e receberá mais investimentos. Fora isso, três em cada vez brasileiros apresentam pretensão de reformar ou construir um novo lar adaptado aos novos desejos.

O consumo para itens domésticos passou a se basear, principalmente, na necessidade de resolver questões práticas e ela vem acompanhada de quatro camadas de motivação, na visão do Google: funcionalidade, conforto, performance (uma certa compensação de experiências que eram vividas fora de casa) e inovação. Em cada tipo de família, as motivações têm mais ou menos força. Em um público com mais renda, a melhoria da casa é o que determina, priorizando conforto, performance em inovação. Já famílias de menor poderio econômico priorizam a funcionalidade e costumam comprar vários itens de uma só vez.

CÔMODOS DA CASA

O estudo percebeu mudanças particulares sobre a percepção de cada cômodo das casas. A sala de estar se tornou o principal ambiente para compras futuras na visão de 41% dos respondentes. No geral, é um ambiente que passou a acomodar quase todas as atividades diárias – trabalho, estudo, convívio, refeições e lazer. Os produtos buscados priorizam o conforto. As buscas por sofás confortáveis, por exemplo, cresceram 29% enquanto pesquisas por móveis modulares aumentaram 37%.

A adaptação ao home office levou a uma alta de 51% nas buscas por mesas ou cadeiras ergonômicas/reguláveis. Esses móveis chegaram a superar as pesquisas por sofás e acessórios no primeiro semestre de 2021.

Para a cozinha, a praticidade pautou as principais pesquisas. O Google notou aumento de 32% nas buscas por airfryer, 24% de alta nas buscas por torradeira e 22% de crescimento nas pesquisas por sanduicheiras. Ao mesmo tempo, a empresa percebeu que consumidores que moram sozinhos ou casais passaram a ver a cozinha como um hobby, aumentando o interesse na origem dos alimentos e diferentes modos de preparo.

Já com relação aos quartos, o principal comportamento observado foi o aumento do interesse em roupas de cama e toalhas mais sofisticadas, de maior conforto sensorial. Buscas que utilizam termos relacionados à maciez e qualidade desses produtos tiveram uma alta de 145% no período entre abril de 2020 e março de 2021 em comparação ao mesmo período passado – e ainda estão crescendo. Também houve crescimento de 17% nas buscas por cama-baú, um item que prioriza a organização.

ÁREA EXTERNA

Houve também o aumento do desejo por uma varanda ou quintal. Naturalmente impulsionado pela restrição ao lazer exterior, os brasileiros passaram a desejar seu próprio espaço aberto para ter um momento de lazer. As buscas por imóveis com varada ou quintal cresceram 20% no primeiro semestre de 2021 em comparação ao ano anterior.

Aumentou também as buscas relacionadas à jardim em casa, cuidados para cuidar e plantar mudas em casa. Uma forma de trazer um pouco da natureza exterior para o próprio ambiente.

De fato, a noção de tempo e espaço passou a ser observada de perto por todos durante a pandemia. Essa dinâmica trouxe um carinho a mais para a relação com as casas e essa é uma tendência que deve perdurar. Para as marcas, essa visão é importante, principalmente levando em consideração um consumidor que está mais pragmático e atento ao que leva para dentro de casa.

Por Conteúdo_ – 28/10/2020

Da casa para o lar…

Você pode estar se perguntando, mas não é a mesma coisa?

Não, e eu vou lhe mostrar a diferença.

O que é Casa:
Residência. Lugar onde a pessoa mora.

O que é Lar:
Local onde há harmonia, onde as pessoas vivem e sentem-se bem.

Neste ano de 2020, com todas estas mudanças que estamos vivendo por causa da pandemia, tenho certeza que as pessoas pararam para pensar e viram que muitas vezes estavam vivendo na casa, mas agora perceberam que querem um lar.

A necessidade desta mudança foi acentuada durante a pandemia, mas ela ja iniciou a alguns anos atrás.

A WGSN (@wgsn) fez uma retrospectiva dos últimos anos, mostrando como desde 2015, as pessoas começaram a dar mais valor para as coisas de dentro de casa e este sentimento de transformá-la em um lar começou a crescer.

Segundo eles:

2015

“As casas são transformadas em portos seguros. Confortáveis, acolhedoras e aconchegantes. Neste mesmo ano, surgiram o Snapchat e o vlogs, e as pessoas começaram a fazer tour pela casa, abrindo seus quartos, banheiros e até mesmo geladeiras, para o mundo ver.”

2017/2018

“As casas ganham status de santuário. As marcas fazem de tudo para vender conforto e incentivar o JOMO ( joy of missing out -alegria de perder algo ) – as pessoas que experimentam o JOMO ficam felizes em perder algo que supostamente deveriam experimentar. Quando você consegue viver assim, algo tão simples como ficar em casa com os amigos, assistir a uma série na TV ou simplesmente descansar pode ser tão divertido quanto a melhor das aventuras.”

2019

“Neste ano, já notamos que as pessoas aumentaram o seu tempo dentro de casa. E nesta época as pessoas já começavam a fazer dentro de casa, coisa que antes faziam fora. O termo NINHO começa a ser usado para descrever o lugar que moramos, nos sentimos felizes e abraçados.

Neste ano, a WGSN aconselhou seus clientes para que em 2021, entrassem nesta área de LIfestyle, de rápido crescimento, para aproveitar a oportunidade para estender alcances e expandir as ofertas
de forma inteligente ”.

2020

Neste ano, abalado pela pandemia, a procura por tudo relacionado ao doméstico acelera e atinge pessoas do mundo todo. Aconchego, reconforto e relaxamento são as buscas mais frequentes.

Esta década já está sendo chamada como a Década da Casa mas eu mudaria para a Década do Lar, pois todos que puderam, fizeram pequenas ou grandes transformações em suas casa na intenção de transforma-la em um lar.

Lar  é uma forma especial de se definir a casa ou os assuntos relacionados a ela, como a convivência com a família e os vizinhos. “Lar” pode ter uma conotação sentimental ou carinhosa. Local onde há harmonia, onde as pessoas vivem e sentem-se bem.

“Lar doce Lar”

Segundo o Dicionário Michaelis, o termo vem do lugar da casa onde se acende a lareira; o fogo; o fogão, mas ganhou uma conotação sentimental sobre a habitação de uma pessoa ou família, o torrão natal,  a família ou sua casa.

Na mitologia romana e etrusca, “lar”  dá nome aos deuses familiares e protetores do lar doméstico.

Para entender melhor este sentimento de Lar, que é a Casa da Gente, veja o vídeo do tema do Design Show C_ Ed. 1. ele traduz perfeitamente este sentimento que toma conta do mundo.