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O tempo que não pára

“O tempo que não pára!”

De onde as coisas vêm, quanto tempo elas duram e para onde elas vão?

Bom dia! Estamos no momento mais oportuno para ouvir ou dizer: “Nossa, o ano está voando…” Passamos por um período de crise e ainda temos eleições a frente com suas incertezas, mas seguimos carregados de esperanças. A renovação de expectativas é nata na nossa cultura – vivemos na crença de que não há situação que dure para sempre, não é?
Vimos acompanhando muitas mudanças: lojas fechando e diversas empresas deixaram o país…. Muitos se queixaram, enquanto outros vislumbraram oportunidades.
Reflexões que soam como piegas são – na verdade – reveladoras, pois a partir delas buscamos caminhos alternativos para driblarmos nossos próprios conceitos em torno do que seria essencial ou supérfluo.

O design interfere e nos faz refletir!

 

Olhe para a sua mesa de jantar ou estante da sala: você solicitou o certificado de procedência da madeira quando foram adquiridos?
O design atual observa esse quesito como ponto de partida no desenvolvimento de um novo projeto – pesquisas e investimentos em materiais alternativos são feitos em prol da utilização da madeira de reflorestamento. Analisar as estatísticas em torno da durabilidade x coleta adequada de itens retornáveis faz parte da rotina desses profissionais.
Muitas são as iniciativas na origem, mas de que forma podemos colaborar ativamente nessa causa?
Diminuir o consumo a partir da reutilização do que temos em casa seria um bom ponto de partida!
Isso requer acessarmos o designer existente em cada um de nós: o sofá da sala pode ser revestido com tecidos especiais, a cômoda antiga pode ser lixada, pintada e ter seus puxadores substituídos. Podemos trocar a moldura daquele quadro especial e revisitar a distribuição dos móveis. Um jarro de água pode ser um vaso de flores, ao passo que o criado-mudo atende como uma charmosa mesa lateral.
Sim, somos sustentáveis sem muito esforço, e por tabela, economizamos!

“ SUSTENTABILIDADE para mim é o que se faz, e não o que se diz”. – Domingos Tótora

Tendenciosamente, sempre evitamos seguir um caminho desconhecido. Mas se não arriscarmos, como saberemos o que nos aguarda? Muitos relacionam peças de design a preços altos, mas esse ramo é muito mais democrático do que muitos pensam ser.
Há cerca de 15 anos, o designer Domingos Tótora, iniciou um brilhante trabalho criando móveis e adornos a partir de papelão reciclado. Em seu atelier, localizado na cidade mineira de Maria da Fé, possui uma equipe que atua de maneira artesanal transformando suas criações em pecas de design com estilo próprio e inconfundível.

Da conversa que tivemos, registro algumas frases que falam por si só:

”Há quinze anos quando comecei meu trabalho, ninguém falava disso, e agora parece que se tornou uma maneira de se promover… a fala tem que ter a prática”.

 “ O lixo é a oferta que mais cresce. Fazer um objeto tem que ter sentido”.

 “As pessoas falam muito em madeira de demolição. Não entendo isso”. “A quantidade de áreas devastadas é imensa e a quantidade de madeiras deixadas no chão também. Olha o que estão fazendo com o jacarandá…”

O livro oficial com a obra completa de Domingos Tótora pode ser adquirido diretamente no seu website: www.domingostotora.com.br.

Dicas da semana: Sala de Estar – Parte II

Na coluna anterior falamos do sofá, da parede e relembramos a ordenação das almofadas. Pois bem, hoje abordaremos as mesas de centro e laterais.
Afinal, quando é realmente necessário usá-las? O espaço disponível no ambiente determina a funcionalidade e permanência dessas mesas.

– A função da mesa de centro é servir de apoio aos que estão sentados no sofá. Poltronas também poderão ser suportadas por esta ou por mesas laterais. Sendo assim, o tamanho e posicionamento da mesa de centro deve atender a demanda. Se o espaço for restrito, vamos eliminar essa peça, pois uma mesa de centro jamais deverá comprometer a circulação das pessoas pela sala.

  • Além de servir como assentos adicionais, os pufes podem fazer a vez de apoio para bandejas sempre que houver necessidade.

– Mesas laterais também atendem os que estão sentados no sofá ou poltronas. Uma delas, geralmente acomoda uma luminária, pois um ponto de luz adicional num canto da sala faz toda a diferença.

Composições sobre as mesas laterais e centrais:

– Mesas laterais: esteticamente quantidades ímpares são sempre mais harmônicas, então aposte nessas combinações: luminárias, livros/revistas, cinzeiros, porta-retratos, pequenos vasos, velas e suportes para controle remoto.

– Mesas centrais: espaços livres são essenciais; livros compõe com elegância e bandejas servem de apoio aos copos e objetos pequenos. Vasos com flores ou adornos mais altos devem ficar nas extremidades, nunca no meio da mesa, evitando barreiras visuais entre os assentos ou mesmo entre o campo de visão e a TV.

Ficamos por aqui? Até a próxima!!!