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Na contramão das teorias, as mudanças vêm de fora para dentro

Na contramão das teorias, as mudanças vêm de fora para dentro!

Olá! A partir de hoje, seguiremos juntos expondo temas voltados ao design, decoração e comportamento, partindo da premissa na qual o desejo está diretamente ligado ao padrão cultural onde estamos todos “vendidos” às possibilidades do consumo!

Um dos grandes desafios num projeto de interiores esbarra justamente nesse ponto, e isso independe da atual situação econômica do nosso país – normalmente as reservas se vão durante a execução da obra, e quando chega a hora de investir na decoração temos que rever prioridades!

Então, o que seria caro ou barato? Como mensurar valores de peças e mobiliários de design?

Começaria a partir de um breve esclarecimento em torno da nossa carga tributária, que já explica muita coisa: impostos, taxas, emolumentos e custos com empregados, alugueis, estoque, encargos com importação, câmbio, uma infinidade de custos que fatalmente serão repassados ao consumidor final acabam por inflacionar alguns valores. E o que mais?

O tempo de pesquisa despendido, investimentos, análises de mercado, custos com exposições e marketing e outros fatores. Mas ainda tem o principal: o nome, a marca!

Quanto custa um olhar, uma atenção? Se existe alguma subjetividade, aí está. Numa prateleira ou loja com uma infinidade de possibilidades, pagamos literalmente o preço daquilo que prende a nossa atenção, que gostamos e que admiramos. E todos queremos ser reconhecidos por isso.

Toda essa divagação chega num consenso: o limite entre o caro ou barato está no conceito do “posso ou não pagar”. E esse “posso” ainda passa pelo aval do “quero ou não”, e para os mais precavidos, “devo ou não”.

Aos que já tiveram a oportunidade de viajar para lugares como Miami ou Nova Iorque, onde a experiência de compra é bastante apelativa por ser muitas vezes economicamente viável (SOS alfandega), isso traduz o desejo de registrarmos um momento no qual fomos felizes – somente fotos resolveriam? Fica a pergunta.

Então, se existe uma constante busca pelo prazer, encontramos nessas aquisições um ponto de equilíbrio, um conforto, uma possibilidade de realização.

Projeto Jardins I - Sala de TV

Mas atenção: sem culpa, isso não está errado, desde que esteja dentro de um planejamento adequado – afinal trabalhamos para isso, não é verdade?

Mudamos! Mas estamos tão habituados com as rotinas que não temos consciência imediata desse processo. Então cortamos o cabelo, compramos uma roupa e acabamos por olhar para dentro de nossas casas, nosso refúgio das questões externas. Esse espaço é sagrado, é para onde vamos depois de tudo.

Daí mudamos os móveis de lugar! Repaginar é sempre uma ação terapêutica. Mas não é fácil trocar o sofá de posição ou inverter a mesa de jantar que poderá atrapalhar na circulação das pessoas… Menos!

Pense nos quadros e almofadas que tudo ficará mais fácil.

 

DICAS:

Dicas não são regras, coisas que funcionam para uns, podem não atender a outros. Vou registrar aqui soluções práticas para os quadros que já foram testadas e aprovadas:

Eleja uma parede do estar ou jantar para expor suas gravuras, fotos, pequenos quadros e garimpos de viagem. Monte várias composições no chão e fotografe – isso evitará danos na sua parede. A possibilidade mais clássica é aquela onde fechamos um retângulo imaginário externo e distribuímos os quadros nesse espaço. Outra possibilidade – como demonstro na foto acima – mantenha a mesma distância entre os quadros nos sentidos vertical e horizontal, sem se preocupar com a área externa. Definido o layout, comece a 1,50m do chão, na altura dos olhos.

Vai utilizar pregos? Prefira os de aço, e use um bom martelo. Na área demarcada para o furo, cole um pedaço de fita crepe – isso vai evitar trincas na pintura.

Furadeira? Além da fita crepe na parede, cole um saquinho de supermercado logo abaixo da região que será furada – isso vai poupar um tempo imenso com a limpeza! Para quadros pequenos (ate 50×50) recomendo buchas de 6mm, e para os maiores, utilize buchas de 8mm a 10mm (1 ou 2 dependendo da tela).

Almofadas: não se preocupe com as estampas. Eleja uma paleta de cores e, orientando-se a partir dessas nuances, a chance de harmonia na composição será bem grande.

Projeto Jardins I - Sala de Estar

De volta ao tema de mudança, perceba-se após esses ajustes. Note que somos primordialmente inclinados a exercer um movimento externo para que, a partir deles, possamos refletir sobre a nossa nova proposta de vida.

 

Nos vemos na próxima. Até lá!

Comentários (1)

  1. Vinicius Portento

    Responder

    7 anos atrás

    É um ser sensato.. é saber o que fala e como falar!!! Tudo muito bom!!!
    “Dicas não são regras, coisas que funcionam para uns, podem não atender a outros.”